CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




O papel da Terapia Ocupacional no tratamento de pessoas em situação de rua

02/09/2025 20:34:15

Atualizado em 02/09/2050 17:35:00

A graduação em Terapia Ocupacional do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) busca apresentar aos alunos diferentes contextos de atuação profissional no mercado de trabalho. Para demonstrar isso, a segunda turma do curso assistiu a um documentário sobre o papel do terapeuta ocupacional na Atenção Primária.

O documentário "A rua não é o mundo fora do nosso mundo" aborda a temática de que os pacientes estão invisíveis na sociedade e precisam do apoio de profissionais e dos chamados Consultórios na Rua, vinculados às secretarias municipais de saúde.

Orientados pela professora Anna Carolina dos Santos Silva, os alunos também ouviram as análises técnicas e as experiências profissionais da terapeuta ocupacional Thais Munholi Raccioni.

"A atuação da Terapia Ocupacional nesse cenário é essencial: o terapeuta entende o contexto de vida, os hábitos cotidianos e os vínculos da pessoa com o território. A partir disso, propõe estratégias possíveis de cuidado e proteção que façam sentido dentro da realidade de cada um", comentou a profissional após a exibição do documentário.

A política de redução de danos no tratamento a pessoas em situação de rua

De acordo com o que foi abordado na atividade, é uma das principais formas de abordagem à essa parcela da população. Tal política, trata-se de uma diretriz que parte do princípio de que cuidar é possível, mesmo quando há uso de substâncias psicoativas, e que cada pessoa deve ser atendida com dignidade, segurança e respeito.

"Para os estudantes do Unifeso, a vivência com o tema mostrou que cuidar é reconhecer o outro em sua totalidade, sem julgamentos, e construir caminhos possíveis com vínculo, escuta e presença", disse a professora Anna Carolina dos Santos Silva.

Neste cenário, de acordo com a professora, o terapeuta ocupacional observa e atua sobre as ocupações cotidianas que foram rompidas, como o acesso ao cuidado, o autocuidado, a convivência e até mesmo o direito ao descanso. A atuação ocorre muitas vezes fora dos muros da unidade de saúde, nas ruas e nos territórios, com um cuidado que respeita os tempos e as escolhas de cada paciente inserido nessa comunidade.

"A proposta é construir, junto ao usuário, possibilidades reais de participação social, reconstrução de rotinas e pertencimento, entendendo que saúde não se faz apenas com medicação", concluiu.

Terapia Ocupacional do Unifeso

Com duração de quatro anos, o curso de graduação visa formar terapeutas ocupacionais com formação generalista e amplo conhecimento, capazes de desenvolver ações de promoção e prevenção à saúde a indivíduos cujo desempenho ocupacional encontre-se comprometido por disfunções orgânicas, psíquicas e/ou sociais, sendo capaz de atuar na educação, gestão, vigilância em saúde e outras áreas.

Por: Raphael Branco

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