05/04/2024 17:09:27
Atualizado em 05/04/2024 17:10:00
Desde setembro de 2023, o Centro Cultural Feso Pro Arte vem sendo parceira do Projeto Social Quilombo da Serra. O projeto fica dentro de uma comunidade conhecida como Castelinho, no bairro Ermitage, em Teresópolis, e defende a cultura afro-brasileira. Cerca de 30 pessoas fazem parte do Coral, que une a potência da voz à criatividade dos figurinos e coreografias voltadas à cultura afro.
O maestro Wilson Nunes, encarregado pela direção e produção artística do Coral, contou que foi ele quem sugeriu as atividades musicais ao Bimbinho, responsável pelo Quintal das Artes, espaço cultural onde acontecem os ensaios. “Depois de algum tempo frequentando os eventos (Roda de Samba, palestras, exibição de filmes, etc) no Quintal das Artes, um espaço cultural em Teresópolis, levei ao dono e produtor do espaço, o percussionista Bimbinho, a ideia de montar um coral que tivesse como referência estética a africanidade que existe, explícita ou embrionária, em todos nós, brasileiros. Começamos os ensaios em outubro de 2023, às segundas e às quintas-feiras, no Quintal das Artes, no bairro Ermitage. Para nossa agradável surpresa surgiram, além de cantores, pessoas notáveis da cidade, como médicos, biólogos, escritores, atores, bailarinos, arteterapeutas, professores, empresários, produtores culturais, etc, gerando uma criativa dinâmica que tem provocado ideias e caminhos para nossos passos”, compartilhou.
Wilson Nunes é um profissional com vasto conhecimento na área, além de maestro também toca piano, é cantor, arranjador, professor e produtor musical. Já participou de trabalhos, shows e gravações com grandes nomes da música brasileira, como Beth Carvalho, Jorge Vercillo, Maria Bethânia, Emílio Santiago, 1Kilo e outros nomes de peso. Como toda essa bagagem cultural, ele implantou aulas de instrumentos musicais no projeto. “No momento estou começando a dar aulas de voz, teclado e violão, visando aprofundar a interatividade do grupo com a linguagem musical, dando-lhes ferramentas e segurança para realizarem seu canto. É um grupo que se sente feliz por estarmos juntos, fazendo o que fazemos, o que tem sido um forte fator motivacional pra mim. Além das roupas que evocam a África, estamos começando a trabalhar coreografias que têm afinidade com o tema. Os arranjos que utilizamos são feitos por mim, exclusivamente para o Coral, assim como produzo playbacks instrumentais que servem como suporte ao nosso canto. No momento contamos com cerca de 30 integrantes”, detalhou.
O coral tem ensaios todas segundas e quintas-feiras, das 19h30 às 21h da noite. De acordo com o maestro, para este ano de 2024 já estão previstos seis concertos em parceria com a Pro Arte. A parceria que tem dado certo promete ainda mais. “Estamos dando início a uma nova fase, com mais elaboração do que vínhamos realizando”, finalizou Wilson.
Por Paola Oliveira