O Unifeso marcou presença no Feirão do Dia da Mulher, realizado no último dia 8 de março, na Praça Olímpica, no Centro de Teresópolis. O evento contou com a participação de professores e estudantes do curso de Direito, estagiários do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) e acadêmicos do Núcleo de Direitos Humanos e Grupo de Pesquisa de Violência Psicológica, em um dia inteiro de atividades voltadas para as mulheres.
O NPJ foi convidado e montou uma tenda para atender à população em questões que envolvem o Direito de Família, dando orientações e fazendo encaminhamentos. Outra demanda da Secretaria foi que tivesse uma tenda para fazer uma abordagem mais dedicada, especificamente, à discussão da violência contra a criança e o adolescente intrafamiliar, com a missão de falar um pouco sobre a violência contra a criança e o adolescente e os mecanismos de combate, prevenção e políticas públicas para evitar e combater essa violência. De acordo com a professora Gisele Alves, coordenadora do Grupo de Pesquisa de Violência Psicológica e professora de Direito Penal do Unifeso, a Secretaria Municipal de Mulheres já faz algumas parcerias, há algum tempo, com o Unifeso, no sentido de realizar atividades ou de tomar conhecimento das políticas públicas.
A tenda que tratou de questões sobre violência contra a criança e o adolescente teve o apoio e a participação do Núcleo de Direitos Humanos, sob a supervisão do professor Felipe Cavalieri. “Tivemos uma roda de conversa com os alunos sobre a questão dos papéis de gênero, que são determinados desde a infância para meninos e meninas, e como esses papéis de gênero reforçam o patriarcado, o sexismo, e acabam perpetuando a violência de gênero, a violência doméstica, uma ideia de submissão entre o homem e a mulher. Tivemos um ótimo debate; os alunos participaram. Falamos de casos concretos em que a sociedade, mesmo sem perceber, espera que o homem esteja sempre viril, em busca da mulher, sempre caçando a mulher, enquanto a mulher está sempre em uma prateleira esperando ser escolhida pelo homem, demonstrando amor, carinho, vinculada à ideia de maternidade, do cuidado. Acabamos reforçando esses estereótipos através do comportamento que é exigido de nós desde a infância, enquanto homens e mulheres”, observou o professor.
Por Giovana Campos