O Grupo de História da Medicina do Unifeso, em Teresópolis, está com inscrições abertas para alunos e pessoas interessadas na história da medicina, até o dia 27 de março. O grupo está aberto para qualquer pessoa, sendo aluno de medicina ou não. “Eu tive um aluno que foi do grupo dois anos antes de passar no vestibular. Ele passou, continuou no grupo, e hoje ele é oficial médico do exército”, contou Daniel Pinheiro Hernandez, professor responsável pela criação do grupo. “Nós temos um QRcode, só o aluno se inscrever. Tudo gratuito. Neste semestre nós temos 97 alunos, e eu acredito que a gente possa chegar até uns 120”, completou o docente.

O grupo começou em 2011, com apenas 12 alunos, por meio do professor Daniel. Desde então ele vêm mantendo a tradição. “Eu fui convidado por uma professora para falar sobre pesquisa clínica, não tinha nada a ver com história, no final da reunião eu falei que estava com vontade de fazer um grupo para estudar a história da medicina, disse que estaria no meu laboratório às 18h30. Apareceram 12 alunos e tocamos, e o grupo só foi crescendo. Eu cheguei a ter 248 alunos no grupo em um período só”, relembrou.

‌“Eu tenho 45 anos de formado, e no ano passado, dia 12 de março, eu fiz 50 anos de Feso. Foi quando eu tive aqui a primeira aula de histologia, que é minha disciplina. Eu comecei em 73 e terminei em 78, fiz concurso para professor e estou até hoje. Eu vim de Caçapava, interior de São Paulo. Vim pra cá pra fazer faculdade e fiquei. Eu comecei a trabalhar, fui professor de química nas escolas e paguei o meu curso dando aula de química”, contou.

‌O encontro do grupo acontece todas às quartas-feiras, das 18h30 às 20h30. A cada reunião, dois trabalhos orientados pelo professor são apresentados. 13 já levaram prêmios nacionais. Já foram realizados 284 encontros. Júlio Cezar Machado é aluno do terceiro período de Medicina e desde o primeiro faz parte do grupo.

‌“Eu vejo como uma oportunidade para o estudante de Medicina conhecer mais sobre a história dessa profissão. É uma oportunidade para nós, estudantes, apresentarmos trabalhos acadêmicos científicos e áreas da Medicina que tenhamos interesse mas que durante o curso não temos oportunidade de aprofundar aspectos históricos, que são fundamentais para entender o que temos hoje de avanço, seja em de diagnóstico, pesquisa ou na fisiopatologia de muitas doenças, e do processo de se fazer saúde e medicina. A história é essencial para a gente construir um bom médico para o futuro, então, vejo uma oportunidade incrível para a nossa formação”, disse Júlio.

‌Felipe Silvestre, calouro de Medicina, se interessou pela história da Medicina por meio das aulas do Daniel e esteve no primeiro encontro do grupo. “Conforme ele foi dando as aulas eu comecei a gostar bastante. Eu acho que vai ser bem legal”, confessou o Felipe.



Por Paola Oliveira